Jauára Ichê. Nós e Entremeios da Cultura Antropofágica
Oficina Grande Otelo/Cleide Campelo, 22/1/2014
Oficina n.1: Nós Quem, Cara Pálida?
O corpoalma indígena foi convidado para o nosso primeiro encontro.
Da Bahia, vieram os cantos, primeiro por Caetano (“Venha conhecer a vida, eu digo que ela é gostosa, tem o sol e tem a lua, tem o medo e tem a rosa, eu digo que ela é gostosa”) celebramos o encontro e a mãe-natureza; depois com Gil, pedimos as devidas licenças a todos os deuses ( “os deuses todos em coma, enquanto Exu não dá o nó”), às tradições (“ se foi na avó, no neto irá”) e a todos os saberes (“todo mito quer ter carne aqui”).
Bem, fizemos a travessia pela Calunga grande – o grande mar recriado nas tramas (made in china, claro) azuis; depois a oferenda às deusas-mães (o mar salgado, o barco indígena, as penas verde, azul e vermelha do Macunaíma). E, do movimento lento surgiu uma lótus e a dança de Shiva, harmonia recriada no corpo.
E veio a grande chuva. E os índios vieram e dançaram e dançaram e celebraram o corpo pulsante, corpo molhado, corpo nu.
O momento presente foi soberano. Índios, nós. Jauára Ichê.
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