Nesta quarta-tutu, começamos pelo olfato: um sentido arcaico, muito ligado às emoções.Deixamos o alecrim tomar conta do corpo e misturar-se à sinfonia n. 35 em Ré Maior e à Serenata Noturna n.6, de Mozart. Inspiramos o mundo, deixando a noite nos fechar como fazem algumas flores; expiramos nossos desejos, abrindo sob a luz do sol. Neste luscofusco de abrir e fechar, o corpo foi encontrando alguns caminhos, foi traçando novas trilhas, foi abrindo veredas. Tremulamos ao vento;viramos vento. Depois, colados ao chão, deixamos o nariz seguir as pistas dos cheiros e inventamos, com Wild Horses dos Rolling Stones, uma multidão de gestos de um corpo selvagem, corpo-lagarta que dançava colado ao chão, num outro eixo, com outras possibilidades para nosso corpo primata. Bem, depois, como sempre, o caminho da roça: o som da champagne e dos risos, que ninguém é de ferro!Tutu-Marambá, Pesquisas das Artes do Corpo
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