Resíduos da quarta-tutu: quebrar a organização vertical do corpo e mexer nas raízes do pensamento; romper as fronteiras entre o eu e o outro/e o todo. Como se organizam em nós as tantas vozes, heranças reptilianas, límbicas e neocorticais, que ora pedem uma ária de Puccini, ora arriscam um funk? Quem somos nós, nesta “stultifera navis”? Experimentamos, ao som de dois concertos de Antonio Vivaldi (RV 558 e RV 583), seguir as pistas da respiração e, lembrando o oceano como o antigo habitat, refizemos o caminho do corpo. A vertical é um texto novo em nós: ainda há muitos textos se organizando a partir deste ficar em pé. De vez em quando é preciso revisitar os álbuns de fotografia de nossa história corporal e ver, entre as imagens amareladas, o que ainda pulsa dentro da gente. Cair é bom, pois nos faz reencontrar o chão, as raízes, a fonte, os fundamentos. Levantar nos ajuda a alcançar a flexibilidade, o balanço, a dança., Tutu-Marambá: Pesquisas das Artes do Corpo
0 comments on “Resíduos da quarta-tutu”Add yours →